quinta-feira, 21 de julho de 2016

BOGAVANTE E TXANTXIKU, crónica de uma viagem Leixões - Vigo, Parte I

Uma viagem ao luar... podia ser o título desta crónica da viagem dos amigos da vela a bordo do  BOGAVANTE (Bénéteau First 300 Spirit) e do TXANTXIKU (ETAP 28i) entre Leixões e a nossa querida Galiza, onde o mar e a terra se casaram como em nenhum outro local.
Com preparação atempada e cuidada, com vários "olhos" para a previsão meteorológica, em boa hora o destino também quis que a partida fosse definida para o início da noite de terça para quarta-feira, antecipando-se em algumas horas a partida inicialmente combinada.
Com plano de viagem preparado e partilhado, navegação combinada com ambas as embarcações à vista e em rumo directo à Ria de Vigo, mesmo à custa do vento do porão, Francisco Alba, António Soares (Bogavante), Pedro Reis e Camilo Pereira (TXANTXIKU),  lançaram-se pela noite dentro!
A noite também é dia para viver, neste caso para navegar, era hora de partir!
E que noite! Lua Cheia como companhia e que só nos abandonou quando o sol nasceu, excelente visibilidade, mar chão, golfinhos... temperatura aceitável, vento muito fraco do quadrante norte, motivação muito elevada!
Pessoas estranhas estas, diria Platão...
Partida de Leixões: 23h30, terça-feira, 19 de Julho
Destino: Vigo
Hora estimada de chegada (ETA): 13h30, Quarta-feira, 20 de Julho
Duração estimada: 14 horas
 
E assim se cumpriu...

 
 
Estou na terra no passado, no presente e no futuro
Para ver e ser e entender
A bússola do navegador, a criatura e o criador

Uma parte do meu coração nem me chamou e foi embora
Se mandou no mar sem fim
Não tem saudade, não tem hora pra voltar
Como se todo seu tesouro fosse estrelas de endereço
E uma velha embarcação

Uma parte do meu coração não me avisou que assim seria
Conhecer os temporais pra ter alguma calmaria
Achou por bem se entregar com a mesma força
Que o silêncio se entrega à sua casa mansidão

Eh he he iá... navegar
Pelo segredo tão sagrado desse mar
Eh he he iá... navegar
Pelo segredo tão sagrado desse mar

Uma parte do meu coração não me falou
Que é tão forte navegar em alto mar
Poder mudar a própria sorte
E resistir como se todo o seu tesouro
Fosse mesmo a parte que em meu coração se resguardou
 

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