Há três tipos de homens: os vivos, os mortos e os que vão para o mar.
Platão
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Não há mar que meta medo...
Como dizia Platão, há três tipos de homens, os vivos, os mortos e os que vão para o mar!
Incrível saída para o mar deste navio da guarda costeira japonesa.
Olá a todos, amigos, companheiros de viagem, Cmdt’s, desconhecidos. Começo por expressar os meus parabéns e reconhecimento a esses marinheiros japoneses (e a todos) que apesar de condições meteorológicas adversas não deixam de sair para cumprir a missão, seja ela qual for. Sobre o vídeo, gostaria de dizer que não concordo nada como o título. Sem entrar em divergências conceptuais ou semânticas, quando li o título fiquei com esta vontade que aqui expresso, de escrever algumas linhas sobre o assunto.
Parece-me razoável supor que só os loucos é que não sentem medo. Penso ser bom sentir medo. Todos sabemos que o medo é um sistema de alerta. Faz-nos pensar. Acredito que ficar imobilizado pelo medo é que será indesejável. A inacção ou paralisação que o medo nos pode eventualmente provocar é que deve ser ultrapassado Sei que em qualquer argumentação devemos evitar a pessoalização, mas não resisto.
Eu já tive medo muitas vezes e em diversas situações da vida. E continuo a ter. Tive medo que alguma coisa corresse mal, ou mesmo muito mal, quando fiz rumo a Santander….imediatamente depois de ter comprado um JEANNEAU 30 pés, (nem um bordo antes da viagem, nem para tirar o pó ao pano). A 1ª vez que tirei as amarrações, foi para zarpar. Também tive medo quando mergulhava, (agora acabou, o tempo não dá para tudo), com escafandro autónomo, depois de fazer o curso da FPAS, e pensava que, por exemplo, o regulador podia avariar ou podia não ver uma rede perdida e ficar por lá para ração. Também tive medo quando montava a cavalo, mas mesmo assim montava, cheguei a fazer percursos de obstáculos em competição….e quem pode garantir que o que aconteceu a esse actor, Christopher Reeve, essa pessoa fantástica como ser humano (entre outras coisas era piloto de aviões), não vai voltar a acontecer a outra pessoa qualquer? Também tive medo quando saltava de pára-quedas, sobretudo num salto operacional a 400 metros (aqui se o principal não abrir, já não há tempo para abrir o ventral, o dito reserva.) Tenho medo dum AVC, mas nem por isso penso suicidar-me, só para o evitar. E em muitas outras situações continuei a sentir medo. Também é frequente termos medo do devir desconhecido, e é por isso que o conhecimento afasta o medo.
No entanto, tento não deixar de fazer o que entendo que deve ser feito. E continuo a gostar de navegar á vela. Abraço e bons ventos. an
Sò uma missão muito importante e urgente pode justificar uma saída destas para o mar , pois põe em perigo a vida de uma guarnição que deve rondar os cem tripulantes.Não foi por desporto nem por aventura.Os meios humanos e materiais de qualquer nação não podem ser arriscados sem uma fortíssima razão (porventura de salvamento...)
De facto há MARINHEIROS maiores que os obstáculos que enfrentam!!!!
ResponderEliminarAlberto Fonseca
Assustador...temerário...suicida!Grande sorte em não terem ido contra o quebra mar!Não obstante ser um navio de guerra ,com estrutura para aguentar!
ResponderEliminarOlá a todos, amigos, companheiros de viagem, Cmdt’s, desconhecidos.
ResponderEliminarComeço por expressar os meus parabéns e reconhecimento a esses marinheiros japoneses (e a todos) que apesar de condições meteorológicas adversas não deixam de sair para cumprir a missão, seja ela qual for.
Sobre o vídeo, gostaria de dizer que não concordo nada como o título.
Sem entrar em divergências conceptuais ou semânticas, quando li o título fiquei com esta vontade que aqui expresso, de escrever algumas linhas sobre o assunto.
Parece-me razoável supor que só os loucos é que não sentem medo.
Penso ser bom sentir medo. Todos sabemos que o medo é um sistema de alerta. Faz-nos pensar.
Acredito que ficar imobilizado pelo medo é que será indesejável.
A inacção ou paralisação que o medo nos pode eventualmente provocar é que deve ser ultrapassado
Sei que em qualquer argumentação devemos evitar a pessoalização, mas não resisto.
Eu já tive medo muitas vezes e em diversas situações da vida. E continuo a ter.
Tive medo que alguma coisa corresse mal, ou mesmo muito mal, quando fiz rumo a Santander….imediatamente depois de ter comprado um JEANNEAU 30 pés, (nem um bordo antes da viagem, nem para tirar o pó ao pano). A 1ª vez que tirei as amarrações, foi para zarpar.
Também tive medo quando mergulhava, (agora acabou, o tempo não dá para tudo), com escafandro autónomo, depois de fazer o curso da FPAS, e pensava que, por exemplo, o regulador podia avariar ou podia não ver uma rede perdida e ficar por lá para ração.
Também tive medo quando montava a cavalo, mas mesmo assim montava, cheguei a fazer percursos de obstáculos em competição….e quem pode garantir que o que aconteceu a esse actor, Christopher Reeve, essa pessoa fantástica como ser humano (entre outras coisas era piloto de aviões), não vai voltar a acontecer a outra pessoa qualquer?
Também tive medo quando saltava de pára-quedas, sobretudo num salto operacional a 400 metros (aqui se o principal não abrir, já não há tempo para abrir o ventral, o dito reserva.)
Tenho medo dum AVC, mas nem por isso penso suicidar-me, só para o evitar.
E em muitas outras situações continuei a sentir medo.
Também é frequente termos medo do devir desconhecido, e é por isso que o conhecimento afasta o medo.
No entanto, tento não deixar de fazer o que entendo que deve ser feito.
E continuo a gostar de navegar á vela.
Abraço e bons ventos.
an
Sò uma missão muito importante e urgente pode justificar uma saída destas para o mar , pois põe em perigo a vida de uma guarnição que deve rondar os cem tripulantes.Não foi por desporto nem por aventura.Os meios humanos e materiais de qualquer nação não podem ser arriscados sem uma fortíssima razão (porventura de salvamento...)
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