domingo, 3 de novembro de 2024

Percurso à vela_ 02 de Novembro de 2024

 


Mais um sábado de "Percurso à vela", mais um sábado do nosso encantamento...
Todos os sábados os auto-denominados Amigos da Vela aparecem na Marina de Leça (Leixões) para confraternizar e velejar, às vezes mais, às vezes menos, mas sempre presentes! E se o tempo está mau no mar, em terra o tempo está sempre de feição para um almoço e confraternização a bordo!
Quantas comunidades deste tipo conhecem, totalmente informal, inclusiva, de partilha e entre-ajuda em terra e no mar?
Percurso à vela até ao fim do mundo e regresso em dia esplêndido de sol, quente (andar de t-shirt no mar no norte é raro...) pouco vento, um tempo que só tem uma única explicação, o Verão de S. Martinho!
Vento de leste ainda empurrou as naus até ao largo da barra do Douro, talvez um pouco mais, mas quem chegou às famosas boias da Madalena, em águas paradas ficou, tendo sido obrigado para regresso a chamar os bons ofícios do vento do porão.
Se do Douro até próximo da barra de Leixões, os deuses nos ajudaram, a partir daí e para cumprir o chamamento para o "rancho", só o vento de porão valeu aos audazes. Era só vê-los a entrar em Leixões a motor em bom despique... Se fossem traineiras, poder-se-ia dizer que corriam para a lota, mas como eram veleiros... para onde corriam eles? 😊😁


Após almoço cumprido no famoso "Brise de la Mer", era tempo de regresso à marina para boa conversa e alguns trabalhos, e como estamos na época das castanhas, para momento de convívio com magusto a bordo! Bem hajam, viva a amizade, viva esta paixão partilhada pela vela e pelo mar!
Mais um sábado do nosso encantamento...



Nota: Os Amigos da vela vão realizar o seu jantar anual, desta vez a 5 de Dezembro, tradição que cumpre o 16º ano (esta tradição começou em 2008, só interrompida 1 ano por força da pandemia).



sexta-feira, 1 de novembro de 2024

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

domingo, 13 de outubro de 2024

Trimaran de 70 pés construído em Portugal


Uma "bomba" para cruzeiro rápido e familiar, em carbono, desenhado pela empresa VPLP e construído em Portugal pela Trimarine, empresa sediada em Portugal.
Sugestivo o nome da embarcação bem visível na popa "Catch me"...
É só vê-lo a vir, a passar e a desaparecer...

domingo, 8 de setembro de 2024

Tecnologia a bordo


Uma apresentação muito útil de alguém habituado a mares e ambientes agrestes em que se exige uma elevada autonomia.

sábado, 7 de setembro de 2024

Mais um Verão a acabar...


Mais um Verão a acabar, mais uma volta ao sol que nos ilumina, mais um ciclo da vida.
E em cada dia um novo ciclo também... a magia do pôr do sol no secret spot... não há lugar igual...
O dia a deitar-se, a noite a levantar-se e com ela também o ruído do mar que se torna música de embalar...

 

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Os barcos não morrem...

 


pelos menos alguns...
Em muitos recantos da Irlanda ao longo da sua belíssima costa norte e noroeste quase selvagem, antigas embarcações embelezam as portos, estradas e jardins...
Povos que mantem vivos as suas tradições e mantem viva a sua imensa ligação ao mar.





quarta-feira, 14 de agosto de 2024

terça-feira, 13 de agosto de 2024

segunda-feira, 22 de julho de 2024

quarta-feira, 17 de julho de 2024

"To do something with creativity and love"


Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso,
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos,
que em oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que foça através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara graga, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, paço de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão de átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

Pedra Filosofal – António Gedeão

terça-feira, 9 de julho de 2024

Até sempre!


Em memória do amigo Camilo.

Quis o destino que que a vida deste amigo da Póvoa se cruzasse com a vida dos Amigos da Vela em Leixões, onde aí teve o veleiro Olimaq até o vender, e comprar mais tarde o clássico Freya, um Colin Archer de 1984, sobre o qual neste blog fiz vários "posts", acompanhando a sua recuperação até ser lançado à água.
Amigo Camilo, obrigado pelos tempos de convívio e amizade, agora na hora na tua última viagem, bons ventos também!


E para recordar... um dos posts de 2017:


Dia grande, este passado Sábado!
Um tempo fantástico de verão fora do tempo, um dia de vela e de confraternização de amigos da vela entre mares de Leixões e Póvoa, um dia de boas-vindas na água que se impunha ao FREYA, veleiro tradicional recuperado por nosso amigo que neste blog várias vezes citamos.
E o dia grande começou em Leixões onde uma poderosa frota de 7 naus (mais 2 representadas a bordo) se armaram para rumar a norte até às águas da Póvoa. Muitos mais amigos não se puderam juntar a esta terrível armada mas isto de compatibilizar meteorologia, agenda pessoal e licenças familiares... é coisa sempre difícil!
Dobrada a barra de Leixões, a Póvoa se anunciou lá longe a mais de 13 NM. Um dia claro, anormalmente quente para a época, com visibilidade fantástica, mar chão, sol, vento de leste fraco que tanto aparecia como desaparecia e que empurrou as elegantes naus para norte... Quando nos poços se caía, o vento de porão entrava alegremente ao serviço, pois o encontro com o FREYA a meio caminho se impunha e a hora de almoço era coisa que não se podia negociar...
O encontro prometido com o FREYA se deu pelo través da praia de Mindelo. A frota agrupou-se, as homenagens fizeram-se, aquele fantástico veleiro revelou-se ao vivo, que "coisa" bonita! Agrupados e com o vento de porão ao serviço e com o Freya no meio, se cumpriram as últimas milhas até à Marina da Póvoa onde, como sempre, fomos carinhosamente recebidos. Obrigado!
E com leste fomos à Póvoa e com leste almoçamos... no restaurante Anastacia, situado na marina. As vistas são de encantar, as águas da marina e do Atlântico logo ali, instalações agradáveis, enfim um local que sabe sempre bem revisitar. Depois de boa cerveja, boa conversa e muitos brindes, era hora de regressar a Leixões.
O vento tinha rondado para o quadrante norte mas fraco, as velas ajudaram, mas a preciosa ajuda do vento do porão foi decisiva para se chegar a Leixões por volta das 19h00 com o por do sol.
Dia grande, alma cheia... viva o mar, viva a vela, viva os amigos!
O que se leva desta vida é a vida que se leva...