Défi Wind Gruissan 2015

Défi Wind Gruissan 2015 - 1200 windsurfers - 50 knots of wind - Marathons races from Défi Wind on Vimeo.

Todos os anos, espectáculo único!
1200 windurfistas na modalidade mais fantástica da vela!
Sensações únicas, com as mãos no vento, sem intermediários!

VOGA - Primavera 2015

Palavras para quê?
Para um apaixonado da vela, qualquer foto ou filme dos momentos que se passam na água a ouvir o vento, as vagas, a governar o veleiro e a negociar a vontade dos deuses é...como um regresso ao paraíso...Será que o comum dos mortais nos entendem? Não... seguramente...
Mais um video dos amigos do Voga  nos mares de Leixões.
Caros amigos, obrigado pela partilha, ficamos à espera do próximo, e bons ventos!

Volvo Ocean Race chega a Lisboa!

Às primeiras horas do dia já tinha na caixa do correio algumas fotos tiradas pelo amigo Mário Silva do Mookie, mas só agora, à noite, tive a oportunidade de as partilhar neste blog.

Team Brunel em 1º, 22 minutos depois, Mapfre, 19 minutos depois, Team Alvimedica, 1 minuto depois Dongfeng, 33 minutos depois Abu Dhabi e 2 horas depois Team SCA (as meninas não quiseram misturas...

Depois de 9 dias de navegação a dar o máximo, diferenças tão curtas, notável!

 

 

Enquanto as equipas guerreavam no mar para chegar a Lisboa em 1º lugar, Team Vestas suava em terra... O mastro já tinha chegado e o casco chegou em 3º lugar (se contasse...), vindo de Itália transportado por estrada. Depois do encalhe no atol no Índico, Team Vestas focou fora de prova, mas após ter percorrido meio mundo e sujeito a uma grande operação de recuperação, merece esta oportunidade de fazer as etapas restantes desta fantástica prova, ajudando à festa em Lisboa!

E aqui um dos vídeos da chegada a Lisboa!

 

Dois First, um 300 e outro 210.

Por ocasião do Percurso à Vela dos Amigos à vela no passado dia 14 de Março.
Bogavante e Baco (ex-Moby Dick), 2 Beneteau, o mesmo arquitecto (Finot).
Votos de muitos e bons anos pela frente!

Antárctica

Gravado entre Dezembro e Janeiro passados, no outro lado do Mundo.
Viagem à Antártica, uma viagem duma vida, um espanto difícil de narrar, uma verdadeira e marcante experiência espiritual, nas palavras de quem teve o privilégio de a fazer.
Somos água, somos terra, somos mar...

Bogavante em bolina para Leixões

Percurso à vela deste Sábado

Uns à vela, outros de kayac... uma estreia...

Início da manhã com vento muito fraco de leste, por vezes só mesmo uma aragem. Poucos minutos antes das 11:00H, hora da largada, o vento rondou para norte, mantendo fraco na ordem dos 7 a 8 nós sobre um mar chão.

Após a rondagem da boia da Madalena, e logo no primeiro bordo das bolinas por ali acima, o vento saltou para os 14 e 15 nós, e um pouco mais a norte, pelo través da barra do Douro, para 18 nós, o que mereceu um 1º rizo na grande. Novo ajuste nas velas, novo equilíbrio.

Mais a norte e a meia distância da entrada de Leixões, o vento saltou para 19, 20 , 21 nós, obrigando a que se enrolasse um pouco a genoa. Tudo afinado, sucederam-se mais alguns bordos até à entrada do porto por volta das 13:00H.

Foram 3 horas de navegação à vela, com vento para todos os gostos, desta vez com menos embarcações como companhia (5), a que se juntaram mais uma no início do percurso, o Hurry Can, devidamente transformada em kayak e magistralmente capitaneada pelo seu comandante...

O tradicional convívio de almoço e o fim de tarde em boa conversa a bordo e no cais.

Que os ventos continuem de feição!

 

Volvo Ocean Race, a largada de Newport

Enquanto as equipas atravessam o Atlântico a caminho de Lisboa, temos tempo de rever a fantástica largada em Newport, onde os "nuestros hermanos" do Maphre tiveram o melhor desempenho!

Importa relembrar que é na super equipa técnica de terra do Maphre, que temos o único compatriota nesta VOR, o Renato Conde!

Renato, bons ventos também!

Percurso à vela, próximo Sábado!

Depois de uma semana e pico de vento forte de Norte, parece que os Deuses vão dar algum sossego... A fazer fé nos especialistas do tempo, vai ser do mesmo quadrante mas mais amigável! Mas isto de prognósticos...
A realizar-se este Sábado, é o 5º percurso à vela deste ano, 1 por mês, uma regularidade singular causada pela "sorte" na escolha das datas com tempo de feição. Já algumas vezes o percurso se resumiu à volta da mesa... e o temporal lá fora...
Velejar, dar uso ao casco e ao equipamento, conviver, alimentar a amizade.
Uns aparecem sempre ou quase sempre, outros de vez em quando, o que interessa é aparecer!
Bons ventos!

Programa:
10:00 H na marina Marina Porto Atlântico
11:00 H largada na saída da bacia do Porto de Leixões
Percurso: a combinar, em função das condições meteorológicas!

E de incentivo..., um dos vídeos mais inspiradores, com uma música à nossa medida...

Os VOR vêm aí!

Largada em Newport, destino Lisboa!

Falta a travessia do Atlântico, por vezes de muito mau humor. Os veleiros seguem na direcção de uma forte baixa pressão que terão que "negociar", após a qual esperam apanhar a "via verde" dos ventos alíseos para a Europa.

Em Lisboa, a "Village abre dia 25. Entre 23 e 27 devem chegar todos os concorrentes, dia 06 de Junho a In-Port-Race, e a largada para Lorient, dia 07.

A festa vai começar...

Em 2012 foi assim... Amigos da Vela
"Meti-me" à estrada e desci à Race Village para ver o "circo".

Estive lá ontem para ver as regatas de treino e hoje para ver a Regata Pro-Am.

A vista do campo de regata era excelente a partir de terra, o tempo estava bom com nuvens de vez em quando, a temperatura era agradável, a animação "suportável" pois não era aquele "banho de gente" (no fim de semana não sei como será...). Tudo nas calmas, lugares para todos, mas aconchegado.

Das "máquinas de fazer o vento", até é difícil falar. Um tipo não se cansa de olhar para aquilo, o seu design, o seu colorido, a sua complexidade, e imaginar como será andar a 20 nós e pico...

Este Sábado, boa nortada, 5 horas de vela, tudo a bom porto

Bogavante e Mini, rumo para Norte, bolina atrás de bolina.

11:45 na saída de Leixões, 12 a 14 nós com  maré a subir, 1 riso na grande que o seguro morreu de velho... No primeiro bordo para oeste, o vento saltou para os 16 a 18 nós de vento aparente e a carneirada com ele...

Estas condições de navegação mantiveram-se constantes na viagem para norte, e só por volta das 15:00, com Mindelo pelo través (talvez um pouco mais, mais próximo de Vila do Conde), é que se acrescentaram 2 ou 3 nós à festa, passando o vento aparente a situar-se entre os 17 e 19 nós. Era tempo do Bogavante regressar a Leixões, enquanto para o MINI o tempo era para continuar até à Póvoa de Varzim, ponto de partida da regata de amanhã até Viana do Castelo.

Despedidas pela rádio, Bons ventos!
Down-wind até Leixões, umas boas surfadelas nas vagas, levando muitas vezes o Bogavante acima dos 9 nós, tempo também de merenda a bordo, umas sandocas e cerveja, claro... Uma delícia!
16:45 H, entrada em Leixões já com vento acima dos 22 nós, genoa reduzida a 50% para a bolina na entrada do "túnel de vento" do acesso ao porto. Na Póvoa, à mesma hora, o MINI registava 27 de máxima na entrada...
Boa nortada, 5 horas bem passadas, tudo a bom porto!

K2 Kiteboat, vantagens dum kite sobre a vela convencional.

Trifoil, quadrifoil, uma "coisa" esquisita a deslizar na água, movida com a energia do vento sem vela mas com um kite.

Projetos experimentais, tecnologia de ponta, altas velocidades (34 nós com vento entre os 10 e os 14 nós...)

Quem quiser navegar mais neste projeto em particular, aqui vai o rumo...

E quem dúvida das vantagens duma embarcação com um kite em vez de velas tradicionais, o rumo é por aqui! De facto..., mas que a coisa no fim parece esquisita, parece...

Viana Terra Náutica

Mar, praia, serra e rio, não falta lá nada, em especial vento para quem necessita da sua fantástica energia para brincar...
E do alto da Stª Luzia uma das vistas mais bonitas da nossa costa, e pela serra fora, muitos trilhos para caminhar, com vistas fantásticas para a costa Atlântica.

Tomate - Equipa de Vela

Um motivador vídeo do "Tomate" - Equipa de Vela", com a sua embarcação Platu 24 no Troféu Primavera no Algarve.
Amigos dos "Amigos da Vela", bloguistas também, a seguir: http://tomatesailing.blogspot.pt/
Caros amigos, bons ventos!

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Sailing Sclerosis - Oceans of Hope

Sailing Sclerosis promo 2015 from Jesper Ærø on Vimeo.

Passaram por Lisboa no ano passado, na sua viagem para o continente Americano e de circunavegação.
Uma iniciativa diferente para promover um melhor entendimento da esclerose múltipla , doença que infelizmente afecta milhares de pessoas em todo o mundo.
Mais informações: http://www.sailing-sclerosis.org/

Novo Terminal de Cruzeiros em Leixões - Visita e Regata, 23 e 24 de Maio!

A inauguração oficial desta nova e importante infraestrutura no Porto de Leixões está marcada para dia 20 de Maio, quarta-feira.
No fim de semana seguinte, a 23 e 24 de Maio, o novo terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões vai estar de portas abertas ao público, entre as 10h e as 20 horas.

Nesses dias também, o Clube Naval de Leça com o apoio da APDL - Administração dos Portos, Douro, Leixões e Viana do Castelo, vai organizar a Regata Porto de Leixões para as classes Cruzeiro, Laser, 420 e Vaurien.

Fim de semana animado em Leixões promete, com o público a poder visitar uma obra que se tornará emblemática no País e a partir da qual se poderá ter uma perspetiva sobre a costa, a praia, a cidade e o Atlântico, que não estará seguramente habituado! E ao mesmo tempo admirar muitos veleiros que se juntarão à "festa" participando na Regata comemorativa.

Uns em terra, outros no mar, evento a não perder!

 

Regata de Leixões 

Programa

 

Regata Cruzeiros, dia 23

10:00 H Briefing

12:30 H largada do Dia

16:30 H Festa convívio no bar do CNL

 

Regata Cruzeiros, dia 24

10:00 H Briefing

13:00 H largada do Dia

16:30 H Festa convívio no bar do CNL

 

Regata Vela Ligeira, dia 24

11:30 H Briefing

13:00 H largada do Dia

16:30 H Festa convívio no bar do CNL

 

Social, dia 24

17:00H Concentração no CNL e saída para o Terminal de Passageiros

17:30 H Distribuição de Prémios

18:40 Lanche no bar do CNL

 

Mais informações: Clube Naval de Leça

Volvo Ocean Race - chegada a Newport!

Acabou a subida do Atlântico!

Dongfeng chegou em primeiro lugar, logo seguido de toda a "frota"! Correr em monotipo dá nisto... mas depois de 5800 milhas desde o Brasil, os 4 primeiros classificados chegarem num período de tempo de 1,5 horas... é de admirar! Não são só embarcações iguais que justificam este desempenho quase igual, mas também tripulações com um nível competitivo muito elevado e muito próximo! Agora descanso para uns, trabalhos para as equipas de apoio.

Dia 16 de Maio é a "In-Port race", e dia 17 a largada para Lisboa!

O "festa" está a chegar...

Mega operação de salvamento nos Açores

Temporal imenso, veleiros em apuro, infelizmente uma morte confirmada, de uma menina.
Os nosso bravos das forças de Busca e Salvamento sempre disponíveis para colocar a sua vida em perigo, salvando os outros.

Madrugada de 6 de maio, quarta-feira. Uma violenta tempestade toma de assalto cinco veleiros que cruzavam o Atlântico Norte em direção à Europa, 500 milhas a sul do arquipélago dos Açores. Ventos a rondar os 90 quilómetros por hora e vagas de 10 metros. Depressão cavada.
Os pedidos de auxílio começaram a chegar ao Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada, que, em articulação com o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Aéreo das Lajes, lança uma megaoperação de busca e salvamento que começou às 02h do dia 6, quarta-feira, até às 12h25 desta quinta-feira, 7 de maio.
...
Fonte, mais informação: EXPRESSO

Open Day - 9 de Maio, Clube Naval de Leça

O Clube Naval de Leça promove no próximo Sábado, um OPEN DAY possibilitando a quantos tenham interesse, o contacto com as modalidades que ali se praticam!

mais informações: Open Day

Nomad IV

Mais uma maravilha, não da natureza, mas da criação humana.

Estamos a falar, claro, de mais um plano Finot, um veleiro de 100 pés, melhor dizendo, um super yacht construído para cruzeiro, mas super-rápido também. A partir de determinado tamanho, um veleiro passa a yacht...e yacht grandes são super...

Só um exemplo como aquilo anda: vento real de 7 nós, velocidade de 11 nós com um "code 0"...

Tudo em carbono, 8,5 metros de largura, topo do mastro a 46 metros acima da linha de água, 1400 m2 down-wind, balastro líquido de 9 toneladas em cada bordo..., um convés "open", coisa imensa, por dentro, tudo à medida de uma carteira muito bem recheada para alimentar passageiros, convidados e tripulantes...

Mais informações: Finot

Nomad IV por voile-magazine

Troca-se apartamento por veleiro

Não é anúncio... mas uma história da vida de um casal de apaixonados pelo mar,  relatada em mais um vídeo dos nossos amigos do outro lado do Atlântico.
São os sonhos que comandam a vida...

Entre chuvas

S. Pedro não teve descanso este fim de semana...
No dia do Trabalhador, despejou água todo o dia e ainda sobrou trabalho para Sábado de manhã. Só de tarde "meteu" descanso... E nessa paragem, largas dezenas de embarcações de vela ligeira fizeram-se ao mar de Leixões para participar em regatas organizadas pelo Clube de Vela Atlântico e Sport Clube do Porto.
Vento de sudoeste, por vezes na ordem dos 18 nós, mar desencontrado, céu por vezes menos carregado, uns raios de sol de vez em quando.
Mas já para o fim da tarde e lá ao fundo, ao mar, o céu bem "carregado" já estava, como que a avisar de como iria ser o Domingo...
Vigiar amarras, pois Segunda-feira, 30 a 35 nós de rajada é o que se espera..

 

Viagem do "Txantxico", um ETAP 28

Nome estranho, galego porventura, mas é como todos os nomes, é nome, e nome de gente, coisa que anda na água e tem alma...

É dum ETAP 28, recém chegado à nossa costa, à Póvoa, a nova "menina dos olhos" do nosso amigo Pedro Reis, fã deste blog e que já há algum tempo sabíamos do seu processo (sempre difícil) de mudança de embarcação (vende-se uma, escolhe-se e compra-se outra, nem sempre por esta ordem...).

Temos a sorte de este nosso amigo e seus companheiros na odisseia, partilharem connosco a sua viagem. Obrigado!

As coisas também são boas porque são partilhadas...

Caros amigos, bons ventos!

Primeiro Acto: a compra

Tendo decidido comprar um veleiro de maiores dimensões, atirei-me à árdua tarefa da escolha... Alguns meses, muitos mapas de excel (alguns amigos me diziam, o barco é como a namorada ..., não há mapas de excel, ou se gosta ou não se gosta!!!) ...mas eu sou assim, que querem? Um dia lá consegui convencer "a mais que tudo" a passar um fim de semana por terras de "nuestros hermanos". Creio que ela já suspeitava de algo!

Num Sábado, incursão a Pobra do Caraminal, falar com a menina que trata da documentação (ainda está a tratar...), dormida na Coruna e Domingo, eis que abalamos para Viveiro onde estava a "criança", "isso é no fim do mundo"..., era o que mais ouvia!

E no fim do mundo lá esperava o veleiro em doca seca. Amor à primeira vista, 30 minutos para fechar o negócio, todas as dificuldades até então, incluindo da viagem, esquecidas! Nova vida vai começar!

Com o "ITB" pronto, faltava trazer a "criança" para casa e para isso, constituir tripulação! Um jantar e ficou tudo definido, metade ia, outra metade não ia... e ainda faltava gente. Como que por magia, numa saída com o amigo Carlos no Orion, conheci o mestre Camilo, que foi requisitado à força....(também não foi preciso fazer tanta força...).

Pedro Reis (Txantxico)

 

Segundo Acto: a Viagem

Depois de algumas reuniões quer à mesa quer ao teclado através de e-mail, ficou constituida a equipa: o Skipper e proprietário da nova e bela embarcação, Pedro Reis, e três ajudantes, Camilo, Álvaro e Carlos.  Quatro tripulantes era um número estratégico, pois possibilitaria navegar sem paragens e sempre com dois elementos no poço de vigia, enquanto os restantes descansavam e comiam… Mas já la vamos!

O Pedro planeou tudo ao detalhe, comida, bebida, para 3 possíveis dias de navegação. O ponto de partida era Viveiro, província de  Lugo na Galiza, a Este da Corunha, distando da Póvoa cerca de 220 milhas. Partimos de carro numa quinta feira ao fim da tarde. O quinto elemento da equipa, Diogo, teve a difícil tarefa de nos levar à marina de Viveiro, 370 km de Vila do Conde.

As previsões mais recentes eram de tempo chuvoso e vento sempre de frente, ou seja, ao modo que íamos rodando o vento connosco rodava e para nos fazer pirraça, batia sempre de proa.

Começou a chover nesse fim de tarde. Chegamos pelas 23:00 h a Viveiro. O Pedro cumpriu as suas obrigações com o vendedor do barco, a equipa tomava conhecimento da embarcação. O senhor José, proprietário do Txantxico (ainda naqueles instantes), deu-nos uma visita guiada e ficou com uma leve esperança que, por causa do tempo frio e chuvoso, ainda ali estivéssemos pela manhã para ver partir o seu companheiro de passeio de muitos anos. Enganou-se...

Reuniu-se o comandante Pedro com a respectiva guarnição, e ficou acertado que se partiria logo após uma ligeira refeição.

Arrancamos pela 1:00H da manhã. A noite estava escura, como todas as noites que não tem sol, nem lua... Chovia bastante. A equipa estava vestida a rigor, fatos impermeáveis, coletes, arneses, e linhas de vida amarradas para quem estava de serviço.

Começou a navegação pelas 2 milhas de canal até ao mar. GPS a funcionar, Maxsea, mais Navionics para fazer redundância e lá se navegou serpenteando a baía. Adeus Viveiro!

A noite foi calma, o vento estava de frente ou era inexistente. Vela grande içada, e por enquanto governava-se sem piloto automático. A manhã acordou escura e chuvosa. Mas a equipa estava motivada, graças ao abastecimento infindável de rissóis e panados, cerveja, bolachas várias e fruta. Ainda houve alguém a dizer mais para o fim da viagem que nunca mais ia comer panados, não por serem maus mas por serem o pequeno almoço, o almoço o lanche e o jantar desses dias. Para contrabalançar, houve os que disseram ter desenvolvido um comportamento aditivo em relação aos rissóis com panrico. Diz-se para os lados de Matosinhos que o Álvaro tem na gaveta do escritório dois pacotes de panrico e uma caixa cheia de panados para aquela fomezinha do meio da manhã…

Se a manhã foi calma o fim de tarde foi atribulado, vento forte, rizo nas velas, ondas e chuva da grossa.

Umas boas milhas antes de Finisterra, passamos a ter o vento de frente outra vez, tendo-se decidido avançar a motor, pois a bolina atirar-nos-ia muito para o largo. Mas ele não ligou... Seria da bateria?  Trocou-se por outra. continuou sem ligar. Recapitularam-se ligações, e tudo continuava na mesma. Até que o Camilo resolveu ver o que se passava na caixa da ignição do poço.

A tarefa valeu-lhe umas boas náuseas, desapertar parafusos, descolar o painel arrancar tudo para ver o que se passava lá atrás. Duas torcidelas, quatro pancadas técnicas e eis que estávamos de novo em “prova”. O Camilo tinha conquistado o nome de o: O-mãozinhas-de-ouro! Tripulação em festa, já nem frio havia, nem chuva nem mesmo ondas, era tudo fantástico e ainda por cima havia panados!

A noite caiu sem fazer barulho, pois mesmo que o fizesse não a ouviríamos, íamos a motor já com a comodidade do piloto-automático. Mesmo agasalhados a noite passava com dificuldade para quem estava de serviço. Os pés e as mãos geladas eram o mais complicado de gerir. Dormir dentro do barco era bom apenas pelo facto de estarmos abrigados e quentes.

 

Na manhã de sábado, pelas 5:30H, navegávamos já ao largo das ilhas Cies. O vento já começava a dar uma ajuda de terra, mas era fraco. Mais umas horas e abrimos a vela da frente para ajudar o motor. Entretanto o vento aumentou, e quando passamos pela Ria de Vigo, o vento de porão não foi mais requisitado.

Pelo fim da manhã e início da tarde passamos Viana, e já se "voava" numa borboleta entre os 6 e 7 nós constantes. Pau de spi na frente, um cabo na retranca para evitar cambadelas de surpresa e lá íamos a grande velocidade para a Póvoa.

 

 

Chegamos ao destino pelas 18:00 H. Ansiosos por um banho e tristes por  abandonar os rissóis, abrimos uma garrafa de champagne, para festejar a boa viagem e desejar ao novo proprietário uma longa vida e longas viagens no Txantxico.

 

Até à próxima aventura!

Carlos Varejão

CASCADA

CASCADA from NRS Films on Vimeo.

Descidas radicais para poucos, com coragem do outro mundo...
Não loucura seguramente, mas também muita experiência, elevada preparação técnica e física para fazerem aquilo aparentemente de um modo tão fácil como ir a um escorrega gigante...
E acima de tudo, paixão por este desporto.
Um belo vídeo.