sábado, 12 de fevereiro de 2022

Esta sábado, mais um sábado de verdade...mais um percurso à vela!

 


Saída cedo de manhã, como para o trabalho... 
"podes ir mas não faças barulho de manhã..."diz quem pode...e a gente obedece, lesto e silencioso, qual "puto" no desenfianço para a brincadeira. Pega-se no saco da vela preparado na véspera, máquina fotográfica e...zás! À marina se chega num instante, o ar matinal e paisagem parece que dão forças e tiram todas as maleitas como que milagre...
São os sábados do nosso encantamento...
Os amigos, alguns já ao longe se vislumbram nos afazeres de preparação dos seus veleiros, outros vão chegando, mas quem não dava sinal de vida era o vento. Manhã de sol com nuvens em terra, bandeiras caídas na desgraça... sem vento, só restava desentorpecer as pernas, dar duas de letra e combinar o almoço em hora de pequeno almoço para muita gente... pois a esperança de vento logo o início da tarde era muita.
Papas no famoso Club Nautic Brise de La Mer às 12h00, peixe grelhado logo a seguir, boa conversa a acompanhar, cafézinho...,13h30 já nas embarcações prontos para soltar amarras e partir para o famosa bacia de Leixões e daí para o mar desconhecido.
Como a malta gosta disto...
Moby Dick (First 300 Spirit), amarrado no cais, tristonho e inconsolável ficou quando me viu passar a bordo do Swallow, (Fortuna 9) nau terrível que espalha vergonhas a todos os que a desafiam e disputam o seu andamento (a ver vamos...)
No Swallow, três amigos, Pedro, o comandante, Atílio, comandante do Catrineta, (outro Fortuna 9) e eu, a quem cabe metade da culpa da tristeza do Moby Dick ter ficado no cais (que reparto com o meu amigo Soares, a bordo do Esperanza do Paulo).
E a grande armada ao mar se lançou em tarde maravilhosa com vento fraco do quadrante oeste, sol, mar chão na direção do fim do mundo. 
Numa navegação "tecnicamente" apurada com subida e descida de spi assimétrico e genoa, aproveitando ao milímetro os humores do vento, no meio das contínuas observações do amigo Atílio, que duvidando das superiores lides dos tripulantes mais novos e das facilidades que estavam a dar aos outros, não os deixava em descanso... Gargalhada atrás de gargalhada, o Swallow lá cortava alegremente as águas... e à famosa boia da Madalena o Swallow passou e não rondou, continuando por muitas boas braças pelo mundo desconhecido perante a aflição do querido amigo Atílio (não se faz, não se faz), dando tempo a que os veleiros mais atrasados se aproximassem da mesma. Chegados à boia, cambadela no Swallow, descida do spi, subida da genoa, o rumo era para norte!
E ao bom norte se chegou, apanhando os amigos pelo caminho e na marina todos juntos entraram. Missão cumprida, embarcações amarradas, hora das histórias da navegação e da boa conversa, o sol a preparar-se para deitar, a noite já pronta para entrar ao serviço.
E dos anos passados dos Amigos da vela se falou, dos membros fundadores desde o jantar de Natal de 2008 (muitos amigos animadores das saudosas Regatas da Amizade nos primeiros anos da década do ano 2000), do grupo inicial a que o amigo Zulmiro chamou ADV 1.0, passando pelo reforço do grupo com amigos da Póvoa, os ADV 2.0, e agora mais recentemente com mais adesões, a 3ª renovação, os ADV 3.0...
Um grupo inclusivo, aberto, completamente informal, no qual é suficiente aparecer. para se participar...
Mas é preciso aparecer...
E nestas memórias se acabou o dia já noite feita, alma cheia.
E o "puto" chegou a casa de sorriso aberto...
Bons ventos!


Bons ventos!

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