segunda-feira, 18 de abril de 2022

Sábado de Páscoa entre os Amigos da Vela

Manhã fabulosa de vela nos mares tenebrosos de Leixões e Douro, em dia de sol depois do nevoeiro matinal, com vento do quadrante norte que se manteve até à hora de almoço na ordem dos 15 nós e mar de pequena vaga.
Enquanto os amigos ( ANA CRISTINA, SWALLOW, CATRINETA, CADIIR), se entretinham já no mar fazendo bordos e indecisos para onde ir (para norte?, para a Madalena? mais conhecida pelas suas boias que marcam o fim do mundo…, para oeste até aos cargueiros?), os patrões do Moby Dick na marina se debatiam com alguns problemas mais dignos de aprendizes, como montar a vela de estai (uma lentidão…), deixar cair parafuso de manilha ao mar…, falta de uma escota que obrigou a promoção de outro cabo à função... enfim dificuldades criadas por algumas semanas de inatividade, primeiro pela mudança para o pavilhão nacional, depois manutenção…
Resolvidos estes problemas, foi só largar amarras e sair, e a nau, limpíssima de obras vivas e mortas (estas a brilhar de cêra depois da polidela…), as águas cortou com uma superior elegância, digna de aqui ser registada…
Saídos para mar aberto, os amigos a oeste lá longe se avistavam, pelo que a oeste se rumou até a frota estar toda junta. E como as dúvidas, em jeito de desafio, em especial pelos Fortunas…  tinham sido já levantadas quanto ao desempenho do formoso veleiro Moby Dick… este, ferido na sua vaidade, a fundo se aplicou na mareação do rumo e das velas.
E só foi vê-lo passar… primeiro no rumo para leste, depois para sul na direcção do Douro, ao encontro do Ana One, um Bavaria 46 dos amigos Paulo e Pedro, nau de tamanho inusitado nos amigos da vela, na sua "primeira" viagem até Leixões para a prometida sessão de inauguração…
E depois do encontro ao largo do Douro o regresso se fez a Leixões, uns por terra, outros por mar (atenção para os menos habituados nestas coisas quando se diz por terra não interpretem à letra… leiam antes mais junto a terra…), e aqui mais uma vez Moby Dick, limpinho de obras vivas e mortas, se agigantou aos Fortunas, só sendo ultrapassado pelo belíssimo veleiro Ana Cristina nas últimas bolinas na boca da bacia do porto, dum despique bonito de se ver…
Os Fortunas, atónitos mas não convencidos, não perderão oportunidade de se "vingarem" da afronta, mas enquanto esta não chegar… a conversa será sempre muito agradável, em especial com o nosso querido e inspirador amigo Atílio... Como eu gosto destas "regatas" onde todos ganham...

Amarrados as famosas naus nos seus berços, visita ao Bavaria 46 se seguiu, com brinde à amizade e ao sucesso deste novo empreendimento dos amigos Paulo e Pedro. Nau de tamanho imenso, de tal modo que chegaram a ser levantadas desconfianças injustificadas de oligarca russo metido no meio do negócio… um espaço interior brutal, com 4 quartos e 2 WC, um salão enorme, um poço e convés enorme. Um excelente veleiro para umas férias de um grupo de amigos ou de família , exigindo porém que entre destes haja pelo menos 2 pessoas com experiência para o navegar, pois é tudo em grande e colocá-lo num lugar de marina é já mais exigente. E para os interessados, informa-se que este veleiro vai estar brevemente em Portimão…
E assim se cumpriu mais um dia excelente de vela e de convívio entre os amigos da vela! 
Viva a vida, venha o próximo sábado!



e as fotos dos amigos...

Sem comentários:

Enviar um comentário