Proprietários e utilizadores de embarcações sediadas na marina ou que a ela recorrem com frequência (veleiros, pesca lúdica, todas as embarcações), organizaram-se em grupo para a defesa da existência da Marina de Leixões, contrariando os planos da APDL (Administração dos Portos Douro - Leixões - Viana) que prevê o seu aterro para construção de enorme cais e parque de contentores. Este grupo constituiu-se já como parte interessada junto da APDL, Câmara de Matosinhos e Junta de Freguesia Matosinhos Leça da Palmeira.
Este grupo:
- Lamenta que não esteja nos planos da APDL a manutenção da capacidade atual para a náutica de recreio em Leixões ou mesmo o seu reforço, salvaguardando características únicas de marina oceânica desde a Galiza até ao Tejo, e dando um sinal claro de aposta na comunidade náutica sediada em Leixões com tudo o que representa.
- Considera que as alternativas propostas pela APDL na sequência da previsível extinção da Marina de Leça, são um retrocesso na aposta de crescimento do setor náutico local e um prejuízo objetivo para os utentes com diminuição de lugares disponíveis na água, pioria das condições de manobra e da segurança de acesso no espaço junto ao Terminal de Cruzeiros, e que o Douro nunca responderá às características do Porto de Leixões quanto à facilidade de acesso e segurança.
- Lamenta que a comunidade náutica de Leixões nas suas diversas partes interessadas, nomeadamente os Utentes da Marina de Leça não tenha sido informada nem ouvida até à data neste processo, realçando que os Clubes Náuticos aí sediados, com o mérito que se lhes reconhece na promoção da formação e competição em especial da vela, não representam objetivamente a larga maioria dos utentes, pois estes não são sócios destes clubes.
- Considera também que a possível extinção da Marina de Leça com aterro de toda a sua área e transformação em zona portuária comercial significará um prejuízo visível para toda a envolvente, zona tradicional e histórica de Leça da Palmeira, marginal da praia e o que ela significa (obra do Arquiteto Siza Vieira), um prejuízo para toda a zona habitacional, um prejuízo cultural e histórico pois foi no espaço da marina que o Porto de Leixões teve a sua génese e a própria náutica de recreio há mais de 100 anos e, em ternos gerais, um gorar de expectativas para os que decidiram investir, ter os seus negócios e viver em Leça da Palmeira.
utentes.marina.leixoes@gmail.com
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