terça-feira, 9 de julho de 2024

Até sempre!


Em memória do amigo Camilo.

Quis o destino que que a vida deste amigo da Póvoa se cruzasse com a vida dos Amigos da Vela em Leixões, onde aí teve o veleiro Olimaq até o vender, e comprar mais tarde o clássico Freya, um Colin Archer de 1984, sobre o qual neste blog fiz vários "posts", acompanhando a sua recuperação até ser lançado à água.
Amigo Camilo, obrigado pelos tempos de convívio e amizade, agora na hora na tua última viagem, bons ventos também!


E para recordar... um dos posts de 2017:


Dia grande, este passado Sábado!
Um tempo fantástico de verão fora do tempo, um dia de vela e de confraternização de amigos da vela entre mares de Leixões e Póvoa, um dia de boas-vindas na água que se impunha ao FREYA, veleiro tradicional recuperado por nosso amigo que neste blog várias vezes citamos.
E o dia grande começou em Leixões onde uma poderosa frota de 7 naus (mais 2 representadas a bordo) se armaram para rumar a norte até às águas da Póvoa. Muitos mais amigos não se puderam juntar a esta terrível armada mas isto de compatibilizar meteorologia, agenda pessoal e licenças familiares... é coisa sempre difícil!
Dobrada a barra de Leixões, a Póvoa se anunciou lá longe a mais de 13 NM. Um dia claro, anormalmente quente para a época, com visibilidade fantástica, mar chão, sol, vento de leste fraco que tanto aparecia como desaparecia e que empurrou as elegantes naus para norte... Quando nos poços se caía, o vento de porão entrava alegremente ao serviço, pois o encontro com o FREYA a meio caminho se impunha e a hora de almoço era coisa que não se podia negociar...
O encontro prometido com o FREYA se deu pelo través da praia de Mindelo. A frota agrupou-se, as homenagens fizeram-se, aquele fantástico veleiro revelou-se ao vivo, que "coisa" bonita! Agrupados e com o vento de porão ao serviço e com o Freya no meio, se cumpriram as últimas milhas até à Marina da Póvoa onde, como sempre, fomos carinhosamente recebidos. Obrigado!
E com leste fomos à Póvoa e com leste almoçamos... no restaurante Anastacia, situado na marina. As vistas são de encantar, as águas da marina e do Atlântico logo ali, instalações agradáveis, enfim um local que sabe sempre bem revisitar. Depois de boa cerveja, boa conversa e muitos brindes, era hora de regressar a Leixões.
O vento tinha rondado para o quadrante norte mas fraco, as velas ajudaram, mas a preciosa ajuda do vento do porão foi decisiva para se chegar a Leixões por volta das 19h00 com o por do sol.
Dia grande, alma cheia... viva o mar, viva a vela, viva os amigos!
O que se leva desta vida é a vida que se leva...

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