quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Pássaro a bordo
Existem momentos mágicos como o que o nosso amigo Eduardo Esteves do Athena viveu num destes dias e em boa conversa de cais nos relatou.
Uma destas tardes saiu em solitário com o seu Athena para velejar pelos mares de Leixões. Tarde bonita de sol, de vento fraco e mão chão, uma tarde para relaxar.
A navegação para oeste levou-o até às 4 milhas da costa. Como o vento começava a ameaçar cair, resolveu iniciar o caminho do regresso. Passado algum tempo, a navegação, mesmo a velocidade lenta na ordem dos 3 nós, teve que ser feita com a ajuda do motor.
E lá ia o nosso amigo Eduardo com os seus pensamentos, quando pousou a bordo e na escota da grande um passarinho. Tenho companhia!, deve ter dito o nosso amigo! E tão sossegado o pássaro ia que o nosso amigo aproximou a mão. Como ele não reagiu, docilmente pegou nele e pousou-o em sítio mais cómodo no cunho de bombordo. E o passarinho muito relaxado ali ficou e acompanhou o nosso amigo durante mais de 1 hora de viagem.
Promovido pela navegação a amigo da vela, o nosso amigo passarinho, provavelmente já cheio de tanto relax, fez uma "caganita", olhou para o nosso amigo Eduardo virando a cabeça demoradamente como a agradecer a companhia, a boleia e... partiu!
Não entrando em discussões mais filosóficas, o que é verdade é que muitos animais têm a capacidade de interagir com os humanos dum forma especial que nos toca, nos emociona e nos espanta. Quem tem animais domésticos, um cão por exemplo, conhece esses momentos. E por vezes encontramos comportamentos parecidos em animais selvagens. E a história é rica em lendas, talvez a mais famosa a da fundação de Roma, em que a Loba Capitolina alimentou os gémeos Rómulo e Remo, e um pica-pau os protegeu.
Mas também há quem possa acreditar que este passarinho noutra vida foi marinheiro... pirata, navegador... quem sabe com olho de vidro e perna de pau, e que por momentos resolveu voltar a viver tempos passados...
Obrigado amigo Eduardo pela partilha!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Também já tive um "passageiro" destes a bordo. Talvez o mesmo. Mas foram apenas uns breves minutos no roof, depois no vara fim de proa e depois esvoaçou. Ainda deu para ir buscar o telefone e filmar um pouco. Mas talvez fosse mesmo isso que o assustou...
ResponderEliminar