sábado, 30 de julho de 2016
quinta-feira, 28 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
BOGAVANTE E TXANTXIKU, crónica de uma viagem Leixões - Vigo, Parte III
Há mar e mar, há ir e navegar...
Passado a Foz do Rio Minho com o seu "farol" Monte de Stª Tecla que de longe se avista, só faltava percorrer as 15 Nm até ao cabo Silheiro que se adivinhava a essa distância, ponto mágico da nossa viagem e porta de entrada para a Ria de Vigo.
A neblina escondia o sol mas deixava o mar livre para os navegantes... De vez em quando a brisa subia mais um pouco e ajudava o motor na sua missão. Noite não dormida deu alguma moleza nesta fase da viagem, mas que rapidamente desapareceu à medida que o cabo Silheiro se aproximava...
Passado a Foz do Rio Minho com o seu "farol" Monte de Stª Tecla que de longe se avista, só faltava percorrer as 15 Nm até ao cabo Silheiro que se adivinhava a essa distância, ponto mágico da nossa viagem e porta de entrada para a Ria de Vigo.
A neblina escondia o sol mas deixava o mar livre para os navegantes... De vez em quando a brisa subia mais um pouco e ajudava o motor na sua missão. Noite não dormida deu alguma moleza nesta fase da viagem, mas que rapidamente desapareceu à medida que o cabo Silheiro se aproximava...
12h00 - Way-point, Cabo Silheiro
Uns minutos antes a foto mágica com cada veleiro em primeiro plano e o dito Cabo em fundo: agora tu, depois eu...para mais tarde recordar qual Cabo Adamastor...
E mais golfinhos!
12h30 - Way-point no início do canal de navegação da Ria de Vigo
Baiona, Ilhas Cies, aquele cenário fantástico do início da ria, olhe-se para onde olhar...
A neblina a desaparecer, o sol a aparecer, o calor que nos confortou... (tira roupa...). Parece que saímos do Atlântico e entramos no Mediterrâneo...
Agora era só ir para aí abaixo...
13h30 - entrada na marina Liceo Maritimo de Bouzas, uns para ficar, outros para uma paragem técnica... Almoço das tripulações de ambos os veleiros em restaurante local, do tipo do nosso "Club Nautic Brise de la Mer...", mas com ementa em castelhano / galego e especialidades locais..., a que se seguiu visita a loja náutica com a compra por um dos nosso amigos dum famoso "flyer" náutico... que muito deu que falar entre "canhas"...
Esta loja é um perigo... é tal a tentação que o melhor é fugir e olhar para o lado. Mas há quem não consiga resistir... Mas mal não se pode dizer pois todos sabemos que não existe "marinheiro" que não tenha imensas coisas muito úteis a bordo...
É a nossa fraqueza...
16h30 Marina de Moaña: entre cañas o estudo do "flyer", e a espera da boleia para o Porto!
Notas finais:
É bom navegar.... e navegar em frota e com amigos ainda melhor.
Navegar durante toda a noite numa ida para a Galiza a partir do Porto parece ser uma opção acertada: a noite passa depressa no Verão, com sorte Lua Cheia como foi o caso, mar chão ainda melhor, com leste seria o "euromilhões"... Não se apanha a usual Nortada acima de Viana, passa-se o Cabo Silheiro à hora de almoço, chega-se cedo ao destino, ainda a tempo de se desfrutar o local, beber umas cañas, tudo sem stress.
Tudo o resto toda a gente sabe: um plano, a lição bem estudada, rotas definidas mesmo as de aproximação a cada porto, tudo em memória, equipamento de navegação adequado (no caso do Bogavante, Navionics e Garmini em simultâneo...), etc, etc, equipamento de segurança em ordem, roupa, comida e bebida...
E... afinal, o que se leva desta vida é a vida que se leva...fantástica viagem, obrigado aos Deuses e aos amigos.
Bons ventos!
sábado, 23 de julho de 2016
BOGAVANTE E TXANTXIKU, crónica de uma viagem Leixões - Vigo, Parte II
23h30, vela grande em cima, sai-se para sul, olha-se para a Lua e pede-se companhia para a viagem...
E ela não se fez rogada... toda a viagem nos acompanhou, pelo menos até ao sol nascer, fazendo cintilar as águas, iluminando o nosso convés e mostrando com mais facilidade todos os aparelhos de pesca que se colocavam na nossa proa.
Sistemas de navegação ligados (Navionics e Garmini), motor nas 2000 rotações para manter a velocidade entre os 5 e os 5,5 nós conforme combinado (que só eram reduzidas para esperarmos pelos nossos amigos do TXANTXIKU ou quando o vento ajudava também).
E o caminho fez-se navegando...
E ela não se fez rogada... toda a viagem nos acompanhou, pelo menos até ao sol nascer, fazendo cintilar as águas, iluminando o nosso convés e mostrando com mais facilidade todos os aparelhos de pesca que se colocavam na nossa proa.
Sistemas de navegação ligados (Navionics e Garmini), motor nas 2000 rotações para manter a velocidade entre os 5 e os 5,5 nós conforme combinado (que só eram reduzidas para esperarmos pelos nossos amigos do TXANTXIKU ou quando o vento ajudava também).
E o caminho fez-se navegando...
00h30 - waypoint junto da monoboia da GALP a noroeste de Leixões, rumo 345º
02h30 - way-point a 3 Nm a oeste da Póvoa. Alguns embarcações de pesca e algumas curvas forçadas pelo caminho para fugir dos aparelhos de pesca. Hora do primeiro "panado", cerveja e café... A noite ficava mais fresca, húmida (a vela grande era uma fonte de água...), reforço na roupa, por rádio e à vista confirmávamos andamentos e rumos com os amigos do TXANTXIKU na nossa popa.
Neste momento o ruído do motor já era música para os ouvidos...
Golfinhos...
03h30 - way-point a oeste do local onde se situava a eólica da Aguçadoura
A noite continuava esplêndida, o mar chão, a Lua tudo iluminava ou quase... o vento só de vez em quando "empurrava" um pouco, os nossos amigos estavam lá, a magia continuava...
Rumo 355º a Viana que se adivinhava pela sinalização das eólicas no topo da Serra de Stª Luzia.
6h30 - way-point a oeste de Viana do Castelo.O Sol a querer levantar-se, a Lua a querer deitar-se...
Momentos mágicos... e hora de pequeno almoço estranho: mais um "panado", super-bock e café frio... Soube que nem o melhor repasto à mesa do melhor restaurante...
Serra de Stª Luzia pelo través, o Monte de Stª Tecla ao fundo...
8h30, way-point a oeste da Foz do Rio Minho.
O inconfundível Monte de Stª Tecla que desde Viana avistávamos, chegou por fim...
O dia ia já longo (9 horas de navegação), a manhã crescia, algumas névoas altas para terra e para norte, um mar chão com tons fantásticos.
Parte III, Galiza!
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