sábado, 23 de julho de 2016

BOGAVANTE E TXANTXIKU, crónica de uma viagem Leixões - Vigo, Parte II


23h30, vela grande em cima, sai-se para sul, olha-se para a Lua e pede-se companhia para a viagem...
E ela não se fez rogada... toda a viagem nos acompanhou, pelo menos até ao sol nascer, fazendo cintilar as águas, iluminando o nosso convés e mostrando com mais facilidade todos os aparelhos de pesca que se colocavam na nossa proa.
Sistemas de navegação ligados (Navionics e Garmini), motor nas 2000 rotações para manter a velocidade entre os 5 e os 5,5 nós conforme combinado (que só eram reduzidas para esperarmos pelos nossos amigos do TXANTXIKU ou quando o vento ajudava também).
E o caminho fez-se navegando...
 
00h30 - waypoint junto da monoboia da GALP a noroeste de Leixões, rumo 345º
 
02h30 - way-point a 3 Nm a oeste da Póvoa. Alguns embarcações de pesca e algumas curvas forçadas pelo caminho para fugir dos aparelhos de pesca. Hora do primeiro "panado", cerveja e café... A noite ficava mais fresca, húmida (a vela grande era uma fonte de água...), reforço na roupa, por rádio e à vista confirmávamos andamentos e rumos com os amigos do TXANTXIKU na nossa popa.
Neste momento o ruído do motor já era música para os ouvidos...
Golfinhos...
 
 
03h30 - way-point a oeste do local onde se situava a eólica da Aguçadoura
A noite continuava esplêndida, o mar chão, a Lua tudo iluminava ou quase... o vento só de vez em quando "empurrava" um pouco, os nossos amigos estavam lá, a magia continuava...
Rumo 355º a Viana que se adivinhava pela sinalização das eólicas no topo da Serra de Stª Luzia.

 

6h30 - way-point a oeste de Viana do Castelo.
O Sol a querer levantar-se, a Lua a querer deitar-se...
Momentos mágicos... e hora de pequeno almoço estranho: mais um "panado", super-bock e café frio... Soube que nem o melhor repasto à mesa do melhor restaurante...
Serra de Stª Luzia pelo través, o Monte de Stª Tecla ao fundo...
 
 
8h30, way-point a oeste da Foz do Rio Minho.
O inconfundível Monte de Stª Tecla que desde Viana avistávamos, chegou por fim...
O dia ia já longo (9 horas de navegação), a manhã crescia, algumas névoas altas para terra e para norte, um mar chão com tons fantásticos.
 
 
Parte III, Galiza!

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