terça-feira, 26 de julho de 2016

BOGAVANTE E TXANTXIKU, crónica de uma viagem Leixões - Vigo, Parte III

Há mar e mar, há ir e navegar...
Passado a Foz do Rio Minho com o seu "farol" Monte de Stª Tecla que de longe se avista, só faltava percorrer as 15 Nm até ao cabo Silheiro que se adivinhava a essa distância, ponto mágico da nossa viagem e porta de entrada para a Ria de Vigo.
A neblina escondia o sol mas deixava o mar livre para os navegantes... De vez em quando a brisa subia mais um pouco e ajudava o motor na sua missão. Noite não dormida deu alguma moleza nesta fase da viagem, mas que rapidamente desapareceu à medida que o cabo Silheiro se aproximava...


 
12h00 - Way-point, Cabo Silheiro
Uns minutos antes a foto mágica com cada veleiro em primeiro plano e o dito Cabo em fundo: agora tu, depois eu...para mais tarde recordar qual Cabo Adamastor...
E mais golfinhos!
 
 
 
 
12h30 - Way-point no início do canal de navegação da Ria de Vigo
Baiona, Ilhas Cies, aquele cenário fantástico do início da ria, olhe-se para onde olhar...
A neblina a desaparecer, o sol a aparecer, o calor que nos confortou... (tira roupa...). Parece que saímos do Atlântico e entramos no Mediterrâneo...
Agora era só ir para aí abaixo...
 
 
13h30 - entrada na marina Liceo Maritimo de Bouzas, uns para ficar, outros para uma paragem técnica... Almoço das tripulações de ambos os veleiros em restaurante local, do tipo do nosso "Club Nautic Brise de la Mer...", mas com ementa em castelhano / galego e especialidades locais..., a que se seguiu visita a loja náutica com a compra por um dos nosso amigos dum famoso "flyer" náutico... que muito deu que falar entre "canhas"...
Esta loja é um perigo... é tal a tentação que o melhor é fugir e olhar para o lado. Mas há quem não consiga resistir... Mas mal não se pode dizer pois todos sabemos que não existe "marinheiro" que não tenha imensas coisas muito úteis a bordo...
É a nossa fraqueza...
 
 
16h30 Marina de Moaña: entre cañas o estudo do "flyer", e a espera da boleia para o Porto!
 


Notas finais:
É bom navegar.... e navegar em frota e com amigos ainda melhor.
Navegar durante toda a noite numa ida para a Galiza a partir do Porto parece ser uma opção acertada: a noite passa depressa no Verão, com sorte Lua Cheia como foi o caso, mar chão ainda melhor, com leste seria o "euromilhões"... Não se apanha a usual Nortada acima de Viana, passa-se o Cabo Silheiro à hora de almoço, chega-se cedo ao destino, ainda a tempo de se desfrutar o local, beber umas cañas, tudo sem stress.
Tudo o resto toda a gente sabe: um plano, a lição bem estudada, rotas definidas mesmo as de aproximação a cada porto, tudo em memória, equipamento de navegação adequado (no caso do Bogavante, Navionics e Garmini em simultâneo...), etc, etc, equipamento de segurança em ordem, roupa, comida e bebida...
E... afinal, o que se leva desta vida é a vida que se leva...fantástica viagem, obrigado aos Deuses e aos amigos.
Bons ventos!

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