domingo, 12 de fevereiro de 2012

Percuso à vela, testemunho do Anthinea

Do nosso amigo Alberto Neves, comandante do Anthinea, recebemos o seguinte testemunho e fotos:

Há dias assim, fantásticos.
Começou com aquele duche quente, fantástico, em casa, e continuou com o duche frio, quase gelado na marina, para tirar o pó e os dejectos de gaivota, que durante a semana sempre aparecem no convés, e de cujos salpicos nunca podemos escapar,
Seguiu-se o percurso à vela, fantástico.
Tivemos a companhia daquele vento fantástico, que todos queremos, que por vezes se entusiasma e sopra com força a mais, como que a tentar apanhar-nos desprevenidos, (talvez por vir de Espanha), obrigando-nos a reduzir o pano.
Coube-nos em sorte, a companhia fantástica, da ilustre Joana Coelho, uma repórter fotográfica, descendente em linha directa do Infante de Sagres e que tem o sal do mar a correr-lhe nas veias.
Antes de metermos o 1º rizo na fantástica vela grande (é nova), já estávamos nós com o verdugo na água. Com o vento e a emoção a proa lá fugia para a orçadela, tínhamos muito pano na nossa genoa fantástica (também é nova), e às vezes quase já era tarde demais quando lá a fazíamos voltar para o rumo 145º. As refregas eram fantásticas, carregavam com força e sem se fazerem anunciar, e quem não se agarrasse, corria o risco de ser projectado para sotavento como se fosse uma rolha de garrafa de espumante Raposeira Fita Azul, daquelas que voam a 14 metros de distância. Aqui e ali, um chuveiro fantástico pela amura de bombordo também fazia parte do quadro.
E a nossa repórter Joana???
Pois bem, nem um queixume nem uma reclamação. Facto esse que nos obriga a deixar aqui os parabéns de toda a tripulação do ANTHINEA, pela atitude, capacidade de adaptação e de aprendizagem demonstrada, que se louva, e que lhe mereceu entrar no porto de Leixões ao leme.
A tarde foi igualmente fantástica.
Na verdade, começou com condições ideais, vento Leste 8 – 12 nós, a cair à medida que a tarde avançava.
17:00h UTC, Leste a amainar e mar chão.
Começou então aquele espectáculo sempre fantástico em que os artistas são os golfinhos.
Assistimos ao vivo e na primeira fila, à exibição de saltos e piruetas, a cargo de uma família numerosa de golfinhos, (para a APFN- Associação Portuguesa de Famílias Numerosas bastaria 3 filhos ou mais), neste caso eram mais de 20.
Pelas 18:00 os senhores golfinhos acabaram a actuação com um espectáculo de luz e cor: surgiu um pôr-do-sol com cores de amarelo-dourado-cor-de-laranja e cor de rosa, a iluminar o final da actuação.
Fotos de imagens fantásticas, 1 milha ao largo do molhe da Foz, em anexo.
Obrigado pela companhia e um abraço a todos.
Alberto Neves


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