Velejar, fundear, velejar...
Um dia fantástico de sol, vento fraco de leste, por vezes de lado nenhum... gorou as expectativas de uma navegação para norte, muito para além da praia de Leça... Depois de uma mareação para norte, não restou ao Koi (com representante do Athena a bordo) e ao Bogavante rumar a oeste bem fora para tentar ir buscar vento que se visse.
Por vezes leste, outras vezes nordeste, por vezes de lado nenhum... às vezes a navegar, outras vezes a pairar...; olhar para o plano de água, ver as suas tonalidades, adivinhar por onde vai entrar e de que modo vai entrar o vento, olhar para as chaminés em terra, as vagas serenas a abanar aquilo tudo, agora a andar a 3 a 4 nós, afinar velas... depois 2, depois 0... recomeçar... uma fé imensa no vento que há-de vir... 2 horas nisto, paciência e pachorra seguramente incompreensíveis para muita boa gente em terra...
Aproximando-se a hora de almoço, Bogavante rumou para as águas serenas entre o molhe sul e a praia de Matosinhos, onde fundeou. Largar ferro, verificar se ficou bem agarrado, tirar dois azimutes a terra para marcar o ponto e se poder controlar posteriormente se a embarcação tinha alguma deriva.
Tudo ok, era agora tempo para umas sandocas e umas cervejas a bordo, tempo de relax também, sem preocupações de navegação ou de marear velas, e de vez em quando um olho para os azumites...
Finalizada a merenda, o vento adivinhou e rondou para noroeste, subindo ligeiramente. Levantar ferro que já se fazia tarde!
7 a 9 nós de vento já era uma bênção dos céus, pelo que uma bolina pelo mar fora e atrás do sol se impôs. Quase 3/4 de hora depois o vento começou a abrandar pelo que foi preciso virar de bordo e regressar a terra. O frio que se sentiu todo o dia, ganhava força à medida que o sol baixava.
Entrar na marina, amarrar, arrumar, conversar com os amigos.
Dia grande.
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