A velocidade é tal e há tanta água pelo ar que quem vai ao leme não consegue ver a proa. Os concorrentes, no entanto, apesar de irem mais devagar, estão ainda mais desconfortáveis, pois além de tudo isto, ainda têm o barco mais inclinado e com um ângulo de vento pior.
Entretanto, ontem o Sanya navegava à frente quando cerca do meio dia se preparavam para virar de bordo. Um dos tripulantes olhou para o mastro antes de virar e viu que havia um problema com um dos brandais de sotavento. A manobra foi abortada e a situação avaliada, tendo-se chegado à conclusão de que o problema era tão grave que se tivessem virado o mastro teria caído…
Mike Sanderson dizia: Bastava que tivesse sido de noite. Se fosse de noite, ninguém via aquele cabo froxo; virávamos e… o mastro caía imediatamente.
Neste momento estão a navegar cautelosamente (provavelmente sempre no mesmo bordo), até Madagáscar, onde o mastro terá de ser reparado.
A equipa de terra e o fornecedor do mastro já têm o plano feito e vão-se encontrar com eles em Madagáscar, onde esperam resolver o problema a tempo de entrar no esquema de protecção contra pirataria.
Como se sabe, dentro de alguns dias a frota encontrar-se-á num porto secreto da costa africana. Aqui, os veleiros serão carregados num cargueiro que os levará para um outro ponto secreto, de onde a regata continuará ao sprint até Abu Dhabi.
Mike Sanderson, numa atitude muito tipicamente dele, dizia: Estamos atrás, mas não estamos fora!!!
Boa sorte!!!
Mário Tavares da Silva
Volvo Car Corporation
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