quinta-feira, 11 de abril de 2013

Naufrágio de veleiro na Figueira da Foz



Infelizmente uma tragédia: duas mortes confirmadas, 1 tripulante do veleiro alemão que deu à costa na praia do Cabedelo junto à barra da Figueira da Foz, e 1 elemento da Polícia Marítima cuja embarcação de salvamento se virou. Salvaram-se os restantes 4 tripulantes do veleiro e os dois da embarcação de salvamento. 
Fonte: TSF
 
Não sabendo ao certo o que originou o acidente, o que é reconhecido são as más condições atmosféricas no local à hora do acontecimento com vagas alterosas e restrições à navegação na barra da Figueira da Foz.
O caudal elevado dos rios (neste caso do Mondego) que arrasta sedimentos e todo o tipo de lixo, cabos, ramos de árvores por exemplo, cria as condições para o risco agravado de prisões de hélice ou mesmo do leme em embarcações mais pequenas. Mais vaga e vento, lá estão outros elementos de risco... mas há mais.
É um dia triste para a vela, um dia triste para as famílias e amigos dos que partiram.
Um agradecimento a quem arriscou a vida para salvar outras vidas. Não tem preço o seu gesto.
Uma homenagem especial a quem infelizmente pagou com a vida tão heróico acto.

Com alguma pesquisa e através do nome do veleiro acidentado Meri Tuuli foi possível obter algumas indicações mais. De acordo com Marine Traffic o veleiro terá estado em Sines, depois Cascais e pelos vistos terá rumado para norte até à Figueira da Foz onde aparentemente se deu o desastre ou onde veio dar à costa já com algum problema a bordo. O veleiro é um X-Yacht Cruiser-Racer 442 de 13,5 metros de comprimento dedicado à formação, treino e cruzeiro e pertencia a uma organização denominada Well Sailling.
 

5 comentários:

  1. Estas situações deviam de ser discutidas o mais possivel. Não tenho experiencia suficiente para dar palpites, mas mesmo assim vou faze-lo eespero que alguem diga se concorda ou não, para assim e numa situação identica, cada um poder optar da melhor forma. Para mim e dada a proximidade da entrada da barra pressupõe que a tripulação tentáva entrar na barra sabendo ou não que estava fechada. Provávelmente já vinham a levar porrada á algum tempo, a segurança estava mesmo ali, uma cama quente e descanso merecido éra só mais um pouco. Só que o que afunda os barcos é a terra, quando o mar está alteroso, não se deve entrar nas barras, é por isso a que elas fecham! o lugar mais seguro é longe de terra , logo, mar alto. A tentativa saiu caro a duas pessoas.

    ResponderEliminar
  2. Um destes dias talvez se saiba o que aconteceu pelo relato dos sobreviventes. Um cenário possível terá sido a quebra de mastro e a embarcação ter sido arrastada para a costa com o vento de sudoeste forte que se fazia sentir. Estando a umas milhas se segurança da costa, um pedido de socorro talvez fosse a tempo. Como foi tudo aparentemente tão rápido, o veleiro estaria mesmo próximo da costa, eventualmente tentando entrar na Figueira.

    ResponderEliminar
  3. Segundo uma testemunha, algo mais complicado se passou; o barco terá perdido o mastro! Em face disso, o skipper tentou entrar a barra, mas com o mastro "a reboque", o que o fez perder o rumo, eventualmente com os cabos ou velas enrolados no hélice. Foi quando lançou um very-light e o barco da polícia marítima lá foi. Não seria o barco mais apropriado para rebocar o veleiro, pelo que decidiu afastar-se. No entanto, já estavam na zona de rebentação pelo que, ao dar a volta, foi apanhado por uma vaga pelo través, que o fez voltar-se. Os ferimentos nos tripulantes, (e eventualemnte a morte de um deles), podem ter ocorrido na altura em que o mastro caíu...
    Parece possível, mas vendo pelo preço que comprei...
    Abraço,
    Mário (Mookie)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acrescento que este barco estava a fazer um charter "a cabine" e que se dirigia ao Porto, onde esta tripulação deveria desembarcar e ser substituída por outra que levaria o veleiro para Southampton.
      Abraço,
      Mario (Mookie)

      Eliminar
  4. Quando vi o casco sem mastro perguntei-me se a sua quebra tinha sido uma consequencia do acidente ou a sua causa, mas como não vi destroços fiquei sem compreender o que tinha acontecido. Demasiados mastros se quebram, cada vez mais usam aparelhos de aspecto mais fragil.

    ResponderEliminar